Você está localizado em: Home » Notícias - Meus pacientes sempre melhoram após a minha consulta fisioterapêutica. Por isso, considero a minha técnica a melhor para qualquer coisa!!!!!
Inúmeros fatores fazem com que o paciente melhore, independente da técnica empregada. Os ensaios clínicos randomizados mostram que, mais da metade da melhora obtida, não está relacionada a técnica empegada.
Então... a resposta ao tratamento depende de inúmeros fatores!
Esses efeitos diferem de acordo com o tipo de intervenção, a via de administração e das condições de saúde!
EFEITOS DO PLACEBO NA PRÁTICA CLÍNICA:
• Diferentes indivíduos experimentam e lidam com a dor crônica de maneiras diferentes;
• As respostas de cada paciente às intervenções terapêuticas são diferentes;
• Alguns respondem a placebos ao longo do tempo, enquanto outros não respondem ao placebo relacionado à dor.
• A expectativa e os efeitos do placebo são em grande parte (e muitas vezes exclusivamente) responsáveis pelo efeitos terapêuticos de tratamentos não farmacológicos.
Se o efeito placebo reduz sintomas e não tem efeitos colaterais, por que não prescrever placebos?
Questões éticas!
• Não se deve enganar os pacientes
• Placebo NÃO cura, mas alivia sintomas
• Efeitos podem ser inconstantes e inconsistentes
• O uso de placebos pode atrasar ou impedir diagnósticos e tratamento de condições mais sérias.
Mas...
Sempre podemos nos beneficiar do efeito placebo com uma boa relação interpessoal, utilizando a melhor evidência científica possível seguindo os requisitos éticos de consentimento informado e autonomia do paciente.
CUIDADO!
Uso NÃO ético dos placebos:
• Propósito exclusivo de ganhar dinheiro ou economizar tempo
• Dizer ao paciente que a terapia tem efeito, quando sabemos que provavelmente não tem. Em vários outros casos, no entanto, as considerações éticas não são assim óbvias:
• Algumas condutas fisioterapêuticas ainda não tem fortes evidências cientificas e, portanto, podem ser inativos (placebo). Nesse caso, avaliar os efeitos Nocebo.
• Além disso, na clínica, temos experimentado situações onde várias terapias não tiveram efeito positivo. É antiético, nesses casos, tentar outras modalidades fisioterapêuticas “inofensivas”, esperando que terão pelo menos um efeito
placebo?
O que devemos fazer?
• Respeita a autonomia do paciente
• Avaliar o desejo, as crenças e atitudes do paciente na clínica situação.
• Priorizar a informação ao paciente de forma válida e adequada a fim de potencializar os efeitos clínicos.
Como posso usar o efeito placebo a meu favor na prática clínica?
• Considere administrar intervenções em um contexto positivo, sugerindo estratégias de enfrentamento e fornecendo
dica multissensorial para promover o condicionamento;
• Incentive os pacientes a relatarem suas experiências anteriores positivas ou negativas com as intervenções;
• Apresentar aos pacientes possíveis efeitos realistas da intervenção para evitar uma discrepância entre o que é
esperado e o que realmente ocorre;
• Trabalhe as expectativas dos pacientes em relação ao tratamento e aos resultados;
• Estruture informações sobre os efeitos colaterais de forma a minimizar os efeitos Nocebo;
• Use estratégias de comunicação para reduzir a probabilidade de não adesão ao regime de tratamento ou descontinuação do tratamento;
• Considere o uso de estratégias educacionais (por exemplo, clipes de vídeo de pacientes relatando experiências positivas de tratamento) para melhorar os resultados.
"O que fazer" e "o que não fazer" no gerenciamento do efeito placebo na clínica prática?
FAÇA:
• Considere o placebo como parte regular do tratamento;
• Informe o paciente sobre os possíveis efeitos placebo, no sentido de maximizar os efeitos positivos e minimizar os negativos;
• Garanta um boa relação fisioterapeuta-paciente com base na confiança, cordialidade, empatia;
• Promova treinamento dos profissionais de saúde na comunicação com os pacientes e familiares.
NÃO FAÇA:
• Não corra riscos para maximizar os efeitos placebo;
• Não considere o engano um componente necessário do efeito placebo.
Fique por dentro dos noticias e eventos minitrados pela Dra. Anke Bergmann
10/12/2022
Quais são as contraindicações ou complicações associadas ao uso da terapia compressiva no linfedema?
03/12/2022
Autodiagnóstico do linfedema: é viável?
08/10/2022
Qual a melhor malha compressiva no tratamento do lipedema?
03/09/2022
Obesidade, lipedema, edema, Linfedema, Liposubstituição... Que confusão!
27/08/2022
Inchaço no braço durante a Quimioterapia com Taxanes: Edema ou linfedema?
13/08/2022
Fisioterapia durante a hormonioterapia em pacientes com câncer de mama: Por que?
29/07/2022
Drenagem Linfática Manual (DLM) Guiada por Linfofluoroscopia em pacientes com linfedema após câncer de mama: ciência ou moda?
02/07/2022
Taping é seguro?
25/06/2022
Câncer de Mama em Homens: é raro mas acontece.
02/06/2022
Ciência Comentada: fui diagnosticada com câncer de mama, quando devo iniciar a Fisioterapia? Agora!
26/05/2022
Ciência Comentada: benefícios da DLM em pacientes oncológicos
17/05/2022
Ciência Comentada: movimentar o braço após cirurgia